Pedem pena de morte para autor do atentado na Kyoto Animation
No vigésimo segundo julgamento do caso Kyoto Animation First Building Arson Attack (o ataque incendiário ao edifício da Kyoto Animation), que aconteceu em 2019, e que resultou na trágica morte de 36 pessoas e deixou outras 32 gravemente feridas, a promotoria pediu pena de morte para Shinji Aoba, de 45 anos, acusado de cinco crimes, incluindo assassinato, tentativa de homicídio e incêndio criminoso.
Ele tinha como alvo o estúdio porque acreditava que os produtores haviam roubado um roteiro de sua autoria. Segundo a emissora japonesa NHK, o acusado tem um histórico de doença mental.
A audiência foi realizada no Tribunal do Distrito de Kyoto no dia 7 de dezembro, e a promotoria destacou que este foi o maior número de vítimas em um caso de assassinato desde a era Heisei. O veredicto está programado para 25 de janeiro de 2024.
Em julgamentos anteriores, a promotoria sustentou que o acusado era plenamente responsável pelo crime. No julgamento do dia 6 de dezembro, ele pediu desculpas às famílias afetadas pela primeira vez, expressando seu pesar. A defesa busca a absolvição ou uma sentença reduzida, argumentando que o acusado não podia ser considerado responsável no momento do incidente.
Este trágico acontecimento deixou uma marca indelével na indústria de anime, especialmente na Kyoto Animation, um estúdio reconhecido por produções aclamadas como "Violet Evergarden" e "K-On!", apenas para citar algumas. A perda de vidas e o impacto emocional na comunidade de anime têm gerado reflexões sobre a segurança nos estúdios e a necessidade de medidas preventivas.
Quanto à pena de morte no Japão, é um tema controverso. O país tem enfrentado críticas internacionais por sua prática contínua da pena de morte, e este caso intensificará o debate sobre a eficácia e ética dessa medida punitiva. A sociedade sempre esteve dividida sobre o tema, com defensores argumentando a necessidade de sanções severas em casos extremos, enquanto os opositores advogam pela abolição da pena de morte, destacando preocupações sobre a possibilidade de erros judiciais e a violação dos direitos humanos fundamentais.
fonte: livedoor
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